segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Identidade. Ter ou não Ter?

Outro dia li um artigo sobre a necessidade do fotógrafo desenvolver  uma identidade no seu trabalho para que possa ser respeitado e reconhecido no meio profissional ou mesmo por clientes.
O artigo também falava sobre a possibilidade do fotógrafo manter uma mesma identidade no todo de um trabalho específico. Por exemplo, no caso de um ensaio fotográfico, se começar fazendo fotos em PB, ir assim até o fim. Se começar fazendo fotos em sépia, manter assim todo o trabalho.
Permitam-me agora uma digressão - Sou meio suspeito para falar porque adoro fotos em PB. Quando a fotografia colorida surgiu, muitos pensaram que a foto PB acabaria porque a foto colorida representaria melhor a realidade. Aliás, muitos acham que a fotografia deve representar a realidade e seguem esse objetivo a fio. Tudo bem, depende do objetivo de se estar fotografando naquele momento. Mas é importante saber que a fotografia segue também como arte independente e que, neste caso, as fotos coloridas são, às vezes, consideradas meras caricaturas da realidade. Ou seja, uma tentativa frustrada de levar toda aquela grandiosidade que percebemos com os nossos olhos para uma folha de papel em 2D.
A foto em PB parece nos libertar dessa obrigação de fidelidade. Mas o que sobra? Sobra a emoção, a mensagem e, porque não, muito da realidade também, mas colocada de outra forma... mais sutil.
Porém, não sejamos rígidos, há fotos coloridas maravilhosas que inebriam nossos olhos com seus matizes profundos e contínuos. É tudo uma questão de gosto, consciência e de foco naquilo que se quer fazer e transmitir.
Bom, mas e quanto à identidade?
Um professor meu de piano sempre dizia: "Há um limite muito tênue entre o sublime e o ridículo".
É muito difícil trilhar por esse caminho. O artista busca sempre a perfeição. Busca ser diferente exatamente para tentar construir uma identidade. Aí é que mora o perigo. Ao caminharmos por essa linha corremos sempre o risco de pender ora para um lado ora para o outro.
Mesmo assim o artista precisa seguir em frente. Não pode e nem deve embotar seus sentimentos e emoções. Deve deixar fluir. Para isso existem os ensaios, espaço onde o artista pode ultrapassar a linha e ampliar seus horizontes, criar tendências e mostrar novos e possíveis rumos para a arte e para si próprio.
Por outro lado, existe o cliente. Nessa relação a expressão do artista deve ter como norte o desejo e a expectativa do mesmo em relação ao trabalho, em relação ao resultado final. É um exercício constante conciliar esses dois lados sem agredir e sem ser agredido internamente. Nesse caso, há que se buscar uma fusão de identidades que resulte num trabalho que atenda ao fotógrafo, ou artista em geral e ao cliente.
Se um cliente procura o seu trabalho é porque já o viu em algum lugar e de certa forma se identificou com ele. Esse é o gancho para juntos construírem um excelente resultado. Agora, se chegou do nada, cuidado, pode não rolar um entrosamento ou empatia. Aí, dependendo, é melhor passar o trabalho adiante...



A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você.
Namaste

domingo, 21 de agosto de 2011

Quem Somos? (3)


Corpo pequeno 
Vida breve
Mente... capaz de modificar a existência.
 
 
 
A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você. Namaste

domingo, 14 de agosto de 2011

Quem somos? (2)



Quem Somos?



Tentados pelos desejos
Norteados pela razão
Sedentos pela fé...


A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você. Namastê

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Novo link no blog

Coloquei mais um link como sugestão no meu blog.

É um blog sobre fotografia que achei muito interessante. Tem diversos textos sobre o assunto e tudo escrito de uma forma bem legal.

Para quem interessar é só clicar aqui Fotografia em Palavras


 
A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você. Namastê

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Quem somos?



Quem somos?

Caminhantes compulsórios
na prancha do navio
chamado ilusão... 

Não sabe o que é poetrix? Clique aqui

A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você. Namastê

Publicando Poetrix

Já faz algum tempo que venho publicando textos no Recanto das Letras. Estou com quase 6 mil leitores nas diversas formas literárias: prosas, crônicas, artigos, ensaios, etc. Mas uma forma, que não conhecia, chamou-me a atenção: o poetrix.

Achei interessante o poetrix pelo seu caráter conciso e minimalista. Ou seja, sua característica de expor e encerrar uma idéia em apenas três versos e ainda conseguir surpreender o leitor.

Começo agora a postar uma série de poetrix que publiquei no Recando Das Letras. Antes, porém, é bom dar uma esclarecida básica sobre o que é um poetrix:


Conceito:
 
Poetrix (s.m.): poema com um máximo de trinta sílabas métricas, distribuídas em apenas uma estrofe, com três versos (terceto) e título.
 
(Direitos Autorais de Movimento Internacional Poetrix)

Coloco também aqui o link da página do Recanto onde é explicado tudo sobre Poetrix - Recando das Letras. Quem sabe você começa a escrever os seus?


Minha página no Recanto: Karl Junior




A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você. Namastê

domingo, 7 de agosto de 2011

Fotos do Show de Heitor e Giovanni

Confira as fotos do show de Heitor e Giovanni no Clube dos Bancários.
A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você. Namastê

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Você é um macaquinho ou não?

Certa vez, quando ainda cursava psicologia, um professor contou a seguinte estória:
Um grupo de cientistas propôs-se a fazer um experimento com macacos. Pegaram cinco macaquinhos jovens e prenderam numa jaula do tamanho de um quarto. As grades e o chão eram de metal. No centro da jaula havia uma escada, tambem de metal, que permitia aos macaquinhos quase enconstarem nas grades do teto.

Os macaquinhos eram diariamente alimentados com frutas que eram colocadas no chão da jaula, mas depois de alguns dias os alimentos começaram a ser racionados de forma que os macaquinhos ficassem famintos. Quando a fome apertava os cientistas desciam uma banana por uma corda sobre a escada e aquele macaquinho que a visse primeiro subia a escada correndo e comia a banana.

Quando a rotina de pegar a banana estava bem assimilada os cientistas começaram a eletrificar e todos levavam um choque forte quando algum deles subia a escada para pegar a banana. Não havia para onde fugir porque a jaula era toda de metal.

Com o tempo eles associaram que subir a escada significava levar choque e começaram a punir aquele macaquinho que tentasse pegar a banana. Quem subia a escada era alvo de linxamento. A pancadaria rolava solta.

Depois de algum tempo o comportamento do grupo "evoluiu" e a simples aproximação da escada era motivo para ser espancado. Em alguns dias nenhum dos macacos se aproximava da escada.
Os cientistas decidiram então trocar um dos macaquinhos. Foi colocado um novato que sem saber de nada se aproximou da escada. Nesse momento os antigos do grupo investiram contra ele com mordidas e socos. O novato, coitado, não entendeu nada.

Os cientistas trocaram mais um dos macaquinhos e o mesmo aconteceu. O interessante é que o primeiro novato também investiu contra o macaquinho recente.
Com o tempo, todos os macaquinhos foram substituidos de forma que nenhum deles pertencia ao grupo original e todos espancavam aquele que se aproximava da escada sem saber o motivo.
Os cientistas encerraram o experimento e libertaram os macaquinhos.

Agora, resta-nos refletir:

Como vivemos o nosso dia-a-dia?
Pensamos sobre tudo aquilo que fazemos ou somos Maria-vai-com-as-outras?
Até que ponto somos coniventes com tudo o que nos cerca?
Até que ponto vale a pena seguir o fluxo sem nada questionar? Qual o custo disso?
Que realidade é essa que mantemos?
A tempos o homem vem seguindo o mesmo padrão de vida. Será que só há esse modelo? Será que não há outra opção?

Sei que o texto está longo mas não posso deixar de dar um exemplo.

Albert Einstein, tido como um dos maiores gênios da humanidade disse certa vez: "Vivemos numa época em que é mais fácil quebrar um átomo do que um pre-conceito". Aí estava sua genialidade.
Quando ainda jovem elaborou a Teoria da Relatividade pela qual ficou famoso. Mas o que pouca gente sabe é que nessa época haviam cientistas tão bons ou até melhores do que Einstein e que o grande diferencial, ou seja, o que o destacou dos outros foi exatamente a quebra de um pré-conceito.
Enquanto todos partiam do fato de que o tempo era absoluto, considerado um paradigma inquebrável, Einstein abandonou essa idéia. Partiu do zero e provou que o tempo é função da velocidade e que o espaço e até a luz podem sofrer influência da gravidade. Idéias antes inconcebíveis. Sua genialidade foi essa. Não tomar nada como verdade absoluta. Questionar os pilares da física.

Bom, o que pensar agora? Como podemos ser gênios também?

Buda ensinava a seus discípulos a questionarem cada palavra dele porque o passo inicial para a evolução é o questionamento. Se você não questiona você não sai do lugar. Questionar cada palavra de um mestre é questionar o elemento atômico de sua doutrina. É rever as bases, os fundamentos.

É na origem que está a resposta.

E agora? Você é um macaquinho, ou não?

 
A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você. Namastê